Algumas escolhas são para sempre


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37 respostas para “Algumas escolhas são para sempre”

    • Dar o filho para adoção é uma escolha para sempre e bastante difícil.

      Mas, sinceramente, para algumas mulheres (grupo na qual eu me incluo) o mais difícil seria mesmo ter o filho. Agora por ter o filho acredito que tanto eu quanto o Fex estejamos nos referindo a cuidar e não a nenhuma fácil paternidade (http://papodehomem.com.br/paternidade/).

  1. E na menstruação, a mulher vai ver o quê? Um óvulo pairando em cima dela?
    Pobre dos homens…cada ejaculada milhões de proto-seres vivos amaldiçoando-o para todo o sempre!

    Acho (não acho, tenho certeza) que não cabe ao médico julgar o aborto, e sim amparar sua real paciente, que é a gestante.

    • Apesar de publicar tiras sobre medicina, e esta influenciar inegavelmente a visão do desenhista, tb é bom lembrar que, fora do consultório, hospital, etc. trata-se de um ser humano com opiniões próprias a respeito do assunto, ñ?

      • George, obrigado por lembrar que aqui no blog eu não estou lidando com pacientes, mas sim expressando a minha opinião fora do consultório. Obrigado por lembrar que a minha tira não vai influenciar a decisão de ninguém sobre abortar ou não… Abraços!

        • Olha, mesmo no consultório eu vou aconselhar SEMPRE a não abortar. Não vou julgar quem aborta, mas vou sempre aconselhar a não abortar porque, no final, caso aborte, a pessoa carregará essa culpa pra sempre (salvo exceções que prefiro não comentar). Como perdi minha filha no nono mês de gravidez (e hoje, véspera – mesmo – de fazer 40 anos, não consegui engravidar novamente) talvez minha opinião não seja imparcial. Embora, que eu me lembre,já pensasse assim antes.

      • A sociedade de hoje tá foda! E dai se essa é a opinião do autor da tira!? E dai se ela influenciar a decisão de alguém sobre abortar ou não? Tomara que sim! sempre haverá outras opções além do aborto! Adoção por exemplo!
        Deve ser um saco essa história de não poder se expressar porque pessoas podem não concordar, e depois ter que ficar justificando o porque da tira etc. Daqui a pouco, todas as noções de moralidade que SEMPRE funcionaram desde os primórdios da humanidade (que querendo ou não, nos trouxeram até aqui) vão ser motivo de chacota e de discriminação. Daqui a pouco ser contra o aborto e expressar-se contra ele vai virar crime! Porque “ofende” quem aborta. Educar um filho que um casamento é homem+mulher vai virar discriminação contra o homossexual também?! Olha que isso não esta longe de acontecer…na faculdade eu era motivo de chacota pois quando iamos ao bar eu insistia em ir de taxi, pra não dirigir após beber…é mole??! Deviam bater palma! Mas acham “frecura”. Oq eu devia ter feito? Dirigido bebado e corrido o risco de me matar ou matar alguem? Se eu sou contra o aborto devo fazer oq? Me calar e, como médico, apoiar tal conduta? De jeito nenhum!
        Pra todos os efeitos, mesmo dentro de um consultório, se o procedimento vai contra a moral e a consiencia do médico ele esta mais do que amparado pelo código de ética médica a negar-se a proceder com ele.

        Capítulo II Direito dos médicos
        – IX – é direito do médico recusar-se a realizar atos médicos que, embora permitidos por lei, sejam contrários aos ditames de sua consciência.

        Nôs temos que parar de nos sentirmos acuados com esse tipo de coisa. Opinião própria é DIREITO de cada um. Chega dessa babaquice de sertir vergonha por não ser a favor do aborto. É assassinato e pronto! A grande discussão é que muitos não vêem assim pois acham que como nasceu não é “gente”. Se for pensar assim, porque não permitir logo a eutanásia? O paciente não tem prognóstico mesmo. Vai morrer de qq jeito, ou está sofrendo muito…não faria distinção entre os dois. Porque seria “correto” matar o feto mas não o moribundo? Estranho, não é? Sociedade cheia de hipocrisia igual a nossa estou pra ver! Onde as boas ideias devem se calar mas o amoral e perverso vira moda!

        • Mas eu acho que o Dr. Solon é a favor da eutanásia. Eu, pelo menos, sou.

          Há uma diferença fundamental, no entanto. No caso do aborto, a escolha não é do feto, diferentemente da maioria dos casos de eutanásia.

          • No entanto, hora ou outra a responsabilidade pode recair sobre os cuidadores. E como justifica o fato de, nem na ortotanasia, os pais poderem decidir sobre interromper os cuidados dispensados aos filhos menores, caindo essa responsabilidade sobre o estado? Entao, decidir sobre interromper a vida de uma criança, em caso de doença grave os pais não pode, mas resolver interromper a vida de um feto, a mãe (e só ela) pode? Há uma contradição ética muito grande nessa discussão.

        • Hipocrisia é quando quem mais fala de “amoralidade” e “perversidade” são os “pro-assassino”, “pro-pena de morte”, “pro-linchamento para crimes que eles acham que mereçam”, enfim, simplificando, os reacinhas que acham que mendigo e “vagabundo” merece ser queimado vivo por policiais e “vigilantes”, mas que por mera birra fica de “a placenta é uma vida mimimi é assassinato”.

          Tenha santa paciência, seu pitizinho moralizante contra a “sociedade e sua inversão de valores” não engana ninguém.

    • Sim, cabe ao médico julgar o aborto, pois vivemos lidando com a vida e a morte e isso nós da o direito de opinar sobre o assunto, mais que qualquer outra pessoal.

      No caso dos médicos que lidam com gestante, Gineco/obstretas a real paciente não é apenas a gestante e sim o conjunto gestante e feto… portanto não São uma paciente mas dois pacientes. Pelo menos é assim que pensa os obstretas que conheço.

      Comparar o aborto com uma ejaculação é ridículo e apesar de vc se manifestar anonimamente com o pseudônimo de “razão”, vc perdeu toda a razão quando fez essa comparação ridícula.

      • O médico, como toda pessoa, tem o direito de OPINAR sobre o aborto ao ser questionado pelo seu paciente.
        Bem como o paciente tem o direito de ouvir ou não a opinião do médico.
        Julgar não entra nos serviços de um médico.

        • E TODO médico sabe a diferença entre embrião, feto e criança. Devia expor também, é o direito da paciente.
          A não ser que se aja levianamente para impor as suas próprias ideias.

  2. Os reais pacientes são 2! Falar que crianças não têm vida (antes de passar pelo canal vaginal), por pura conveniência do egoismo humano, não torna isso verdade.

  3. Solon meu velho que sucesso seu site hein??? Fico muito feliz por vc e tb me identifico con tudo o q vc diz nele. Nao é a toa q partir pra anestesiologia rsrsrs abraco irmao

  4. Como ser humano condeno o aborto e acho uma pratica desprezível e como médico acho mais ainda.

    Pronto, Falei!!!!

  5. Acho um absurdo dar importância igual à vida de um punhado de células, de uma gástrula ou nêurula, e à da mãe. E não digo apenas quanto ao risco de morte ou sequelas, mas uma criança na hora errada pode destruir um futuro.

    • Ela deveria ter pensado no seu “futuro promissor” antes de ter aberto as pernas, e não depois de prenha.

      • Então o senhor, digníssimo cavalheiro, é a a favor de que o ato sexual seja praticado apenas com fins de reprodução? O ser humano necessita de sexo e as vezes as coisas podem dar errado, mesmo quando tomadas as precauções adequadas.

    • Absurdo eh matar alguem por pura conveniencia! “vai me atrapalhar?” “eu mato!”. Pensamento de psicopata o seu! Cuidado!

  6. Me deu agonia ver essa tira, principalmente quando tenho uma conhecida (veja o “conhecida”, me afetou e nem é alguém próximo) que fez isso por já ter outros filhos..

    Tenso, e muito bom Solon.

  7. É muito fácil “culpar” a mulher pela gravidez… e o homem, não existe na concepção de um feto?

    E me desculpe, mas médico não é só médico dentro de um consultório, PS, bloco cirúrgico…médico tem um poder de opinião fortíssimo mesmo no seu caso, em um blog com seus desenhos.

    Endeusar, como um colega falou, um sinciciotrofoblasto mais um embrião acoplado ao invés do direito salutar da mulher escolher se DESEJA ou não gestar é um crime CONTRA a mulher. O médico deve sim expor os prós e contras do ato do aborto (bom, se ao menos fosse legalmente possível, excetuando os casos de risco materno e estupro que são parcialmente legislados), mas NÃO DEVE EXPRESSAR A SUA VONTADE nesses casos, devido ao forte caráter desigual! O artigo citado por alguém diz que o médico pode NEGAR-SE a executar o procedimento, mas só se houver algum médico a quem possa referenciar em prazo hábil! E é negar-se a executar, e não a aceitar!

    Enfim, cuidado ao expor seus conceitos, muitas vezes religiosos, nos seus pacientes.

    • O médico pode negar-se ao procedimento se for contra sua consciencia e PONTO! A unica situação em que não pode negar é em risco IMEDIATO DE VIDA. O simples fato de estar outro médico disponivel no proximo plantão já conta como referência da assistencia. O médico nao precisa convencer outro colega de fazer o que não queria. (ja vivi situação semelhante e foi a orientação dada pelo CRM em contato telefônico)

      • Está errado, Fernando.
        A legislação é clara: risco importante de vida? Realiza-se o procedimento! Referenciar para próximo plantão pode ser enquadrado como negligência médica.

        Seria interessante ler os códigos de ética da sua profissão para entender melhor o que se deve ou não fazer, dai não precisa nem mesmo ligar pra CRM nenhum.

        • Velho… Sou estudante de medicina e curso a cadeira de ética no momento… Dá uma lida no artigo 28 do código de ética…

  8. Não sou ninguém para julgar se a pessoa quer abortar ou não, cada um que sabe o quanto pode aguentar mas uma amiga minha muito próxima engravidou de um cara que ela namorava firme mas como eles moravam em outro país ela não quis ter pq achou que não daria conta, mesmo com o suporte todo dado para ela (no país em que ela realizou o aborto é legalizado) já se passaram muitos anos e ela ainda sofre com isso, apesar de achar que (para ela) fez a escolha certa isso ainda a atormenta.
    Eu sou a favor em alguns casos sim, mas isso não quer dizer que essa decisão não vá assombrar a vida da mulher por muito tempo.

  9. Já interrompi uma gravidez, por conta de ser muito jovem na época e problemas de saúde. Honestamente nunca

  10. Já interrompi uma gravidez, por conta de ser muito jovem e por problemas de saúde. Não senti culpa alguma, e não sinto até hoje, seis anos depois. Eu poderia ter tido e entregado para a adoção, mas e como ficaria o meu corpo? A gravidez não é algo simples e a mulher sofre com isso. Eu não me sinto obrigada a continuar uma gravidez de uma criança indesejada, pois posso não cuidar, mas quem irá sofrer por nove meses sou eu, logo tenho direito de escolha. Na época fiz um aborto clandestino, pois como no brasil não é legalizado, as mulheres que desejam abortar correm para esse meio. Legalizando ou não sempre terão pessoas que farão. Não seria melhor diminuir o risco de vida que tantas mulheres passam?

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